Dim. 105 x 150 cm
Arte sobre canvas.
Técnica de pontilhismo com caneta posca 3M.
Como outras artes esta veio através de lapsos do meu subconsciente me mandando alguma mensagem, primeiro a mão começou a aparecer como um chamado para ser desenhada, pois a tempos queria fazer um pontilhismo intenso. Mas eu sabia que faltava algo, e dessa forma deixei em banho maria dentro da minha caixola para quando o momento e composição corretas aparecessem! Não tardou mais que alguns dias e o olho veio pelo mesmo caminho, e veio como uma marretada, fazendo todo o sentido em como e o porquê ele deveria estar ali, compondo com aquela bendita mão que me perseguia a alguns dias!
A ideia da arte é ser uma representação visceral da dor que se auto-observar pode ser num processo de autodescobrimento, pois quando engrenamos neste processo, descobriremos virtudes antes camufladas como sombras dentro de nós, mas veremos também muita sombra que de fato é escura e negra, coisas das quais sempre tentamos esconder, sendo que na maioria das vezes nem percebemos esse processo, pois está lá alojadinho em nosso subconsciente processando sem parar e consumindo uma enorme energia nossa…
O ato de arrancar um olho pra conseguir se observar, representa a dor de ter de olhar pra essa face sombria que todos possuímos, representa também a capacidade de nos olharmos de fora, algo que exige uma força extrema, e que muitas vezes se torna quase impossível.
Ao mesmo tempo algumas pessoas dizem que “os olhos, são as janelas da alma” de forma que observar seus próprios olhos seja uma tentativa de observar nosso lado mais puro, nossa essência, nosso coração e por consequência o motivo para estarmos aqui neste plano.
Pois bem, se observar é uma dádiva e um martírio ao mesmo tempo, assim como a vida, mas aos corajosos que se arriscam, nunca mais serão os mesmo, e arrisco a dizer, encontrarão tesouros inimagináveis!